Todos os óleos envelhecem (oxidam) durante o uso. As moléculas de óleo reagem com o oxigênio durante o processo de oxidação, formando componentes insolúveis e ácidos. A taxa de oxidação dobra a cada 10Co acima de 60oCelsius (a regra da taxa de Arrhenius), mas também é acelerado pela água, ar arrastado e metais catalíticos. Os lubrificantes normalmente contêm aditivos antioxidantes (fenólicos e amínicos) que retardam o processo. À medida que estes são consumidos, a taxa de oxidação irá acelerar.

Anteriormente chamado de Teste de Oxidação de Bomba Rotativa (RBOT), o Teste de Oxidação de Vaso de Pressão Rotativo (RPVOT) é um teste que mede a estabilidade de oxidação do óleo. O RPVOT mede a resistência de um óleo à oxidação do óleo, enquanto outros testes detectam os subprodutos da oxidação do óleo que já ocorreu.

Vantagens:

• Permite a comparação de qualidade de lotes durante a fabricação.

• Permite a tendência de degradação do óleo em serviço.

• Gera resultados com retorno relativamente rápido. Outros testes de vidraria, como o TOST (ASTM D943), podem levar meses ou anos.

Desvantagens:

• Não quantifica insolúveis, ácidos, lamas, vernizes, etc. Estes subprodutos de oxidação e insolúveis de carbono podem aderir às superfícies ao longo do tempo e causar reduções significativas de folgas críticas.

• A reprodutibilidade do teste é de 22%. Portanto, um resultado RPVOT de 2.000 minutos é, na verdade, melhor representado por um intervalo de 1.560 a 2.440 minutos.

• O RPVOT funciona a temperaturas muito mais altas do que uma turbina típica, com a adição de um catalisador metálico. É, portanto, uma simulação imprecisa de um óleo de turbina real em uso.

• O teste é caro.

Como é realizado o teste RPVOT? (ASTM D2272)

O óleo usado e 5g de água destilada são pesados ​​em um recipiente de reação para o teste. Uma bobina de cobre polido é adicionada à mistura para catalisar a reação e o recipiente é fixado em um recipiente de aço inoxidável. Um manômetro registra a pressão interna do vaso e o aparelho é preenchido com oxigênio puro a uma pressão de 620kPa.

A bobina de cobre e a mistura óleo-água são giradas sob pressão a 150oCelsius por 60 rotações. O aquecimento inicial provoca um aumento da pressão dentro do recipiente. As condições extremas (oxigênio e cobre, água, temperatura, etc.) aceleram o processo de oxidação que consome oxigênio em seu interior, causando diminuição da pressão. A variável medida é a duração até que a pressão interna diminua em 175kPa em relação ao valor máximo. Uma duração mais longa representa mais resistência à oxidação.

Como os resultados do RPVOT devem ser interpretados?

ASTM D4378–97 (Prática Padrão para Monitoramento em Serviço de Óleos Minerais de Turbinas para Turbinas a Vapor e a Gás) indica que uma queda no RPVOT de 75%, para 25% do novo valor do óleo é o limite de alerta, especialmente quando acompanhado por um aumento do Número Ácido (AN).

Os OEMs de turbinas muitas vezes simplificam isso e estabelecem o limite em 25% do RPVOT inicial sem referência ao AN. Outros listam um mínimo de 100 minutos. Os óleos que atingiram os níveis mínimos permitidos de RPVOT devem ser trocados. O método “sangrar e alimentar” para rejuvenescimento do óleo de turbina pode ser usado como uma medida temporária para prolongar a vida útil do óleo, mas deve-se ter cuidado. Um óleo base saturado será extremamente propenso à formação de lama e verniz, portanto a readitificação pode simplesmente levar a outros problemas.

Um RPVOT mais alto indica um óleo de turbina de maior qualidade?

O teste RPVOT nunca foi concebido para ser usado para comparar lubrificantes. Uma razão para isso é que se trata de uma simulação imprecisa de um óleo de turbina real em uso. Por exemplo, o teste acelera o envelhecimento do óleo utilizando um catalisador de cobre; os formuladores de óleo de turbina podem, portanto, “trapacear” o teste aumentando a quantidade de passivadores de cobre na formulação. Não há benefício prático em fazer isso no uso no mundo real.

Como o RPVOT deve ser usado?

Em um mundo ideal, o RPVOT seria simplesmente um dos muitos testes de análise de óleo usado interpretados em conjunto. Ao analisar as tendências de RPVOT, MPC, UC, FTIR, ICP, RULER e outros resultados, pode-se estabelecer um quadro geral da saúde dos ativos da turbina. Isso pode permitir que o óleo seja drenado no momento certo.